Independência do Brasil: as mulheres que lutaram e foram esquecidas pela História BBC News Brasil
Independência do Brasil: as mulheres que lutaram e foram esquecidas pela História BBC News Brasil

Sem as Máscaras de Saubara, muitas batalhas teriam outro desfecho. Foi só em 2 de julho de 1823, depois de quase um ano de lutas sangrentas, que as tropas brasileiras — impulsionadas por esse povo diverso e valente — expulsaram os portugueses de vez da Bahia. Entre as principais revoltas regionais estão a Revolta dos Alfaiates, na Bahia, em 1798; a Revolução Pernambucana, em 1817; e a Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul, entre 1835 e 1845. Esses movimentos contribuíram para a consolidação da ideia de uma nação brasileira livre e soberana. Diferentemente do que muitos acreditam, a independência do Brasil não foi pacífica.

No mês seguinte, em junho, foi determinada a convocação de eleição para a formação de uma Assembleia Constituinte no Brasil. Outra reivindicação importante dos portugueses foi a exigência de restabelecimento do monopólio comercial sobre o Brasil. Essa exigência causou grande insatisfação no Brasil, uma vez que demonstrava a intenção dos portugueses em permanecer com os laços coloniais em relação ao Brasil. O rei português, pressionado pelos acontecimentos em seu país, resolveu retornar para Portugal em 26 de abril de 1821. A Revolução Liberal do Porto eclodiu em 1820 e foi organizada pela burguesia portuguesa inspirada em ideais liberais.

Como a independência do Brasil é comemorada atualmente?

  • — O Rio de Janeiro está em circunstâncias tais que não se pode passear de noite.
  • A ocupação militar portuguesa em Salvador provocou o deslocamento de parte significativa da população em direção às vilas do Recôncavo, como Santo Amaro, São Francisco do Conde, Cachoeira e Maragogipe.
  • Esse ato fortaleceu sua imagem entre os brasileiros e sinalizou aos portugueses que o controle político do Brasil estava se afastando de suas mãos.
  • Tanto nesse tempo quanto no do Império, para manter os escravizados negros sob controle, os grandes senhores e seus capitães do mato recorriam não apenas aos grilhões e chicotes, mas também às armas de fogo.

Lira Aras ainda destacou que, embora a história tenha sido escrita majoritariamente pelos vencedores da elite, o século XX trouxe à luz personagens fundamentais para esse processo. Aos poucos, o protagonismo popular vem sendo resgatado pelas pesquisas e agendas políticas como as do movimento negro. Entre esses protagonistas, os povos afrodescendentes e indígenas tiveram papel crucial, tanto na linha de frente das batalhas quanto nas redes de apoio e estratégias de resistência. Negros libertos e escravizados, indígenas aldeados e de diferentes etnias estiveram entre os que empunharam armas, prepararam alimentos, defenderam as ilhas da Baía de Todos-os-Santos e criaram essas táticas de combate e sobrevivência. A independência do Brasil, conquistada em 1822, representa um marco de grande importância histórica, política e econômica para o país, pois consolidou a ruptura definitiva com Portugal e inaugurou uma nova etapa na construção do Estado brasileiro.

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A Grã-Bretanha, em particular, foi uma das primeiras a reconhecer a independência brasileira, motivada por interesses comerciais. Esse reconhecimento foi crucial para a inserção do Brasil no cenário internacional e para o desenvolvimento de suas relações diplomáticas. Diversas províncias, como a Bahia, o Pará e o Maranhão, resistiram à independência.

O Papel das Armas na História da Independência do Brasil

Essa mudança favoreceu a elite brasileira, especialmente os grandes proprietários rurais e comerciantes. Entretanto, após o fim das Guerras Napoleônicas, a pressão para que a família real retornasse a Portugal aumentou. Em 1820, uma revolução liberal eclodiu em Lisboa, exigindo o retorno do rei D. João VI e o restabelecimento das Cortes Constituintes portuguesas.

Nas artes visuais, o movimento do modernismo foi fundamental na valorização da identidade nacional. Artistas comoTarsila do Amaral e Cândido Portinari retrataram a cultura e a vida cotidiana brasileira em suas obras, buscando umalinguagem artística própria do país. A Guerra da Independência do Brasil ainda foi responsável por endividar o Brasil, que foi obrigado a recorrer a empréstimos ingleses para arcar com as despesas dessa guerra.

(FGV-SP) Com relação à África portuguesa, a emancipação política do Brasil em 1822:

A independência do Brasil aconteceu em 1822, tendo como grande marco o grito da independência que foi realizado por Pedro de Alcântara (D. Pedro I durante o Primeiro Reinado), às margens do Rio Ipiranga, no dia 7 de setembro de 1822. Com a independência do Brasil declarada, o país transformou-se em uma monarquia com a coroação de D. A independência do Brasil foi um processo iniciado a partir da Revolução Liberal do Porto, que levou ao rompimento entre Brasil e Portugal, no dia 7 de setembro de 1822.

Pedro como regente e defensor perpétuo do Brasil, movimento seguido pelas demais vilas do Recôncavo nos dias seguintes. Em junho de 1822, fazendeiros, donos de engenhos, militares e intelectuais passaram a se articular, na região do Recôncavo, em torno da ideia de reconhecer a regência de D. A ocupação militar portuguesa em Salvador provocou o deslocamento de parte significativa da população em direção às vilas do Recôncavo, como Santo Amaro, São Francisco do Conde, Cachoeira e Maragogipe.

Apesar de representar um grande passo para a autonomia política, não trouxe mudanças significativas para as camadas populares. No entanto, marcou o início da formação do Estado brasileiro e abriu caminho para futuros avanços sociais e políticos. No plano interno, as desigualdades sociais, econômicas e políticas da sociedade colonial brasileira foram fundamentais para o surgimento dos movimentos independentistas. A elite agrária e comercial do país buscava maior autonomia e liberdade para expandir seus negócios, enquanto as camadas populares lutavam por melhores condições de vida e participação política. A Independência do Brasil marcou o início da formação da identidade nacional brasileira. Após a separação de Portugal, opaís enfrentou desafios na construção de uma identidade própria, armas sem registro distante da influência da metrópole.

Além disso, a independência abriu caminho para a construção de relações comerciais mais amplas e diversificadas com outros países. No entanto, os brasileiros começaram a perceber que eram tratados como cidadãos de segunda classe em relação aos portugueses. Além disso, as ideias iluministas que circulavam na Europa começaram a influenciar os intelectuais brasileiros, que passaram a questionar a dominação portuguesa e a defender a independência do Brasil.

Ela foi uma das primeiras mulheres a se juntar ao exército brasileiro e lutar contra os portugueses, mostrando coragem e habilidades militares excepcionais. Sua história é um exemplo de determinação e força, e sua contribuição para a independência do Brasil é inestimável. A luta contra a dominação colonial e a busca pela independência também foram fundamentais para a formação da identidadenacional brasileira. A figura de Dom Pedro I, que proclamou a independência em 1822, é um símbolo dessa luta e seu papelna construção da identidade nacional é inegável. A partir da independência, o Brasil passou a construir sua própriahistória e a definir sua própria identidade, baseada em suas características únicas e em sua diversidade cultural. A literatura e as artes também tiveram papel fundamental nesse processo.

— O Rio de Janeiro está em circunstâncias tais que não se pode passear de noite. O encarregado [diplomata] da Dinamarca foi há pouco acometido, em uma das ruas mais públicas desta capital, por assassinos e salteadores. Como não achou proteção no país onde espera encontrá-la, pediu ao governo autorização para andar armado. Pedro I, que abdicara em 1831], até quem ia ao teatro levava o seu jogo de pistolas, de maneira que os ladrões desapareceram. Estou hoje na inteligência de que este [o porte de armas] há de ser o meu código — continuou.

Vítima de uma infecção na hora do parto de seu último filho, Urânia morreu em 3 de dezembro de 1849, aos 38 anos. Maria Felipa era marisqueira (vendedora de frutos do mar) e liderou as Vedetas da Praia. Armadas de facas, arpões e peixeiras, emboscavam os soldados da Coroa que mal atracavam nas imediações da Ilha de Itaparica. Às vezes, surravam os portugueses com galhos de cansanção, arbusto espinhoso que provoca úlcera e coceira. Outras, ateavam fogo em suas embarcações com tochas feitas de palha de coco e chumbo.